sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Expedição Monte Roraima, agosto de 2013.


Olá Pessoal,

                  Viajei em agosto de 2013 para conhecer o Monte Roraima, e adianto que o lugar é fantástico. Quando estava organizando a logística, confesso que me surgiram diversas dúvidas, sobre o que levar, como chegar, quantos dias são necessários, riscos, qual a melhor época do ano, enfim... acabei esclarecendo algumas delas em relatos de pessoas que já estiveram lá no monte, em blogs da internet.
                  Resolvi então postar o meu, para ajudar outros brasileiros que queiram saber mais sobre o "mundo perdido". Espero responder a maioria das perguntas do leitor, mas se quiser saber algo mais, fique a vontade para me enviar uma mensagem.
          Bom, primeiro gostaria de avisar que não é difícil chegar ao cume do Roraima, basta um pouco de condicionamento físico e disposição. Todo dia diversas pessoas se propõem a fazer esta aventura, encontramos mais de trinta turistas descendo enquanto subíamos. A média diária é cerca de dez pessoas.
                  A intensidade do exercício quem diz é o freguês, pois você pode carregar seus equipamentos ou contratar um carregador, pode acelerar ou reduzir a velocidade da caminhada, pode parar para descansar quantas vezes quiser no caminho. Abaixo lanço o tempo que realizamos todos os percursos, e não precisamos correr para fazer isto, foi bem tranquilo.
                  Quando decidi ir ao Roraima, convidei os amigos Paulo Winter e Edgar Hoff, porém não tinha conhecimento de muita coisa, somente que era preciso de uma semana para fazer o percurso. Compramos então as passagens e depois comecei a pesquisar as informações na internet, só nesse momento vi que era obrigatório ter um guia.
                  Fiquei bastante apreensivo quanto a isso, imaginando que algo poderia dar errado, pois só tínhamos 6 dias contados para subir e descer. Mas deu tudo certo, e comento algumas dicas boas para não acontecer o mesmo com você.
                  O Monte Roraima encontra-se na tríplice fronteira: Brasil, Venezuela e Guiana. Somente 5% do monte pertence ao Brasil, e chegar ao cume por este lado requer dias de escalada, não sendo possível a subida caminhando.
                  O início da expedição a pé acontece em território venezuelano, dentro do Parque Nacional de Canaima, na tribo dos índios Paratepuy. Para chegar nesta tribo, carros saem diariamente da cidade de Santa Helena de Uiaren (primeira cidade venezuela após a divisa com o Brasil), mas é preciso agendar previamente.
                  Normalmente é fechado um pacote, incluindo guia, transporte, entrada no Parque, mais carregador e comida (opcional). Diversas agências fazem este pacote, algumas em Boa Vista (Brasil) e outras em Santa Helena de Uiaren (Venezuela). Quando pesquisei, as empresas brasileiras cobravam cerca de cinco vezes mais, então resolvemos ir pelo método de "la garantia soy yo".
                  Entrei em contato com um tal de Alvarez, guia venezuelano, que acabei descobrindo pela internet, em um blog.
                  Contato dele: rstagransabana@hotmail.com, tel: 04143852846 / 04148542940.
                  Ele diz ter um escritório perto da rodoviária de Santa Helena de Uiaren, mas está sempre na pousada Michelle, e foi lá que encontramos ele. Seus e-mails eram sempre curtos, e demorava para responder. Daí minha apreensão de que ele fosse farrapar, mas deu tudo certo.
                  Ele cobrou 3.800 bolívares por pessoa (preço para contratar tranporte de Santa Helena até a tribo dos Paratepuy + guia + acesso ao Parque + mapa). Naquele dia a cotação estava um real = 15.5 bolívares, e conseguimos então o equivalente a R$ 245,00 por pessoa (enquanto que as agências brasileiras cobravam mais de mil reais).
                  Essa cotação só vale para os cambistas na rua (ficam com coletes vermelhos no centro de Santa Helena de Uiaren), em câmbio oficial pagam somente Bs.F. 3 para R$ 1,00 (baita diferença).
                  Estava com medo de receber notas falsas, ou ser roubado na rua, mas logo vi que este câmbio é bastante comum por lá, e não tivemos problema. Detalhe: a maior nota de bolívar vale Bs.F. 100, então prepare-se para sair com uma grande quantidade de notas na mão.
                                              
                  No nosso caso, trocamos R$ 990,00, e recebemos Bs.F. 15.444,00 (em notas de cem), o cambista ainda fez a taxa de 15.6 pela quantidade.
                   Acertamos com o Alvarez na própria pousada Michelle, porém sem garantia de nada. Pagamos adiantado, sem recibo, nota, somente com a promessa de que ele nos levaria até lá.
                  Achamos por bem ainda contratar um carregador para os três. O Alvarez conseguiu um para a gente, chamado Ezequel, e cobrou Bs.F. 400 por dia. (ou seja, Bs.F. 2400 total ou R$ 153,86 que foi dividido para nós três).

                  Os carregadores levam até 15kg, porém não levam itens pessoais (roupas, saco de dormir, fezes), ou seja, eles transportam barracas, comida, fogareiro, panelas, etc. Se quiser que levem também os itens pessoais tem que pagar extra.
                  O preço que eles cobram é muito pequeno, uma exploração. O carregador tinha 19 anos, ficou seis dias com a gente longe da sua familia, carregando 15kg mais o peso dos equipamentos dele, teve que comprar sua comida, e recebeu somente R$ 153,86 por tudo. Ele praticamente recebeu para sobreviver esses dias.
                  Quando regressamos da viajem, pagamos um pouco a mais para o guia e carregador, pois ficamos satisfeitos com o trabalho deles e vimos que o preço é mesmo muito baixo que eles cobram (embora a moeda seja outra). O guia recebeu do Alavarez somente Bs.F. 550 por dia, totalizando Bs.F. 3300 (ou R$ 212,90).
                  Como o guia foi muito gente fina, recomendo que entrem em contato diretamente com ele, já que ele é quem faz o trabalho pesado, e ele mesmo pode conseguir o restante (transporte, entrada no parque e mapa), por um preço ainda mais em conta. Não falo nem pela economia, mas principalmente por valorizar os serviços do guia, dando mais dinheiro para quem realmente trabalha.
                  Nosso guia se chama José Gregory Lanz (em espanhol Rosé), e seu e-mail é  lanzhunter91@gmail.com, telefone: 0426-9956827. Pode ser que ele demore a responder, pois vive subindo e descendo o monte. Com a gente foi a décima oitava vez que ele estava subindo, chegamos na segunda em Santa Helena e ele já iria voltar ao cume no dia seguinte, com outro grupo. O Ezequel, nosso carregador, é cunhado dele.
                                      
                  Aproveito o espaço para registrar meu respeito e admiração deste guia. Foi bastante profissional, demonstrou bastante conhecimento da história do local, e sempre prestativo. Já havia lido péssimos comentários de outros guias em blogs, portanto me surpreendi positivamente com José.
                   No caminho do cume existem alguns acampamentos para apoio, conforme o mapa a seguir:
                  Nossa viagem ocorreu como segue:

27/08/2013 (terça-feira)

                  Chegamos em Boa Vista (RR) às 19h50min, depois de 20h de voo. Notar que o horário de Boa Vista é uma hora atrasado em relação a Brasília.
                  Queríamos ir logo para Santa Helena de Uiaren, para começar a expedição no dia seguinte pela manhã, mas a fronteira fecha às 20h00min. Tentamos então viajar até Pacaraima (cidade brasileira vizinha de Santa Helena, na fronteira), para dormir mais perto do destino, porém nenhum taxista estava no terminal naquele horário. O jeito foi dormir em Boa Vista mesmo, e viajar logo cedo no dia seguinte.
                  Dormimos na pousada Talismã, mais próxima do terminal de táxis que levam para Santa Helena de Uiaren. Ela fica em frente ao IML. O táxi do aeroporto até a pousada custou R$ 30,00. Lá eles não usam taxímetros, possuem uma tabela fixa para os bairros da cidade, o que deixou caro pelo pequeno deslocamento.
                  Jantamos em um restaurante muito bom, chamado "Sabores da Sopa", perto da pousada. Comi bastante, rodízio de sopa, no valor de R$ 17,00.
                  A pousada é simples porém limpa, e cobrou R$ 100,0 no quarto para três.

28/08/2013 (quarta-feira)

                  Acordamos cedo, e 05h00 já estávamos no terminal do Caimbé, onde pegamos o táxi para a  fronteira, no valor de R$ 25,00 por pessoa. Fique atento, utilize sempre os carros oficiais, com uma faixa verde na lateral.
                  A viajem acontece pela BR 174, estrada boa, com aproximadamente duas horas de duração. Na fronteira não esqueça de carimbar seu passaporte, e apresentar a carteira de vacinação contra febre amarela (MUITO IMPORTANTE).
                  O táxi da divisa até o centro de Santa Helena custou Bs.F. 30 por pessoa, mas como ainda não tínhamos trocado o dinheiro, pagamos R$ 5 cada um. Pedimos ao taxista para ficar na pousada Michelle, embora a cidade não seja muito grande, e você pode caminhar por quase toda ela.
                  O preço de 70 litros de gasolina na Venezuela é Bs.F. 4 (isso mesmo, equivalente a R$ 0,25), por isso vários loucos se arriscam diariamente a levar mil litros de gasolina dentro de carros de passeio para vender em Boa Vista.
                  Chegamos na pousada Michelle por volta das 9h00, e telefonei para o Alvarez de um telefone fixo. Ele fala tanto espanhol quanto inglês.
                  Disse que não poderíamos iniciar a caminhada no mesmo dia, pois da tribo Paratepuy só são permitidas excursões saindo até 13h30min (para não ter que caminhar no escuro), e ele ainda iria agilizar o guia.
                  Nota: O fuso horário em Santa Helena de Uiaren é 30 min atrasado em relação a Boa Vista (1h30min em relação a Brasilia) - nem sabia que existia hora quebrada, mas é isso mesmo.
                  Aproveitamos então naquela manhã para trocar dinheiro, e comprar algo que faltava. Almoçamos no Chef Burguer, prato feito com frango assado, muito bom, por Bs.F. 70.
                  Decidimos dormir na tribo dos Paratepuy, para iniciarmos a caminhada logo cedo no dia seguinte, não podíamos perder tempo. Uma caminhonete nos pegou na pousada Michelle às 14h00, e o custo estava incluído no pacote com o Alvarez.
                  O percurso até a tribo não é longo, aproximadamente 70 km de asfalto e 20 km de chão batido, quase duas horas. Pelo asfalto passamos por algumas barreiras policiais, militares armados com fuzil são normais.
                  Na tribo dos Paratepuy assinamos o livro de controle (pois partiríamos antes de abrir no dia seguinte), visitamos o mirante, e armamos acampamento. Existe um gerador que fica ligado 24h nesta tribo, e vendem cerveja gelada a Bs.F. 20. Altitude da tribo: 1275m. Dormimos por volta das 20h.
                  Detalhe: se desejar ir por conta própria, pode contratar um guia e carregador nesta tribo, bem como pagar a entrada no Parque (no nosso caso já estava incluído no pacote com o Alvarez). O guia é obrigatório para seguir adiante.

29/08/2013 (quinta-feira)

                  Acordamos 05h27min e começamos a caminhar às 06h40min. Levamos 3h32min até chegar ao rio TEK, onde existe um acampamento (com algumas casas de barro e gerador) e também com venda de cerveja e refrigerante (Bs.F 30). As excursões normalmente saem da tribo por volta de 12h00 e param neste acampamento do rio TEK no primeiro dia. Contudo, estávamos querendo ganhar tempo e seguimos caminhada.
                                     
                  Altitude do acampamento no rio TEK: 1.110m (mais baixo que a tribo Paratepuy).
                  Fica a dica: a taxa para entrar no Parque inclui o pagamento de um índio para ficar neste acampamento, que na verdade são familias de índios que moram por ali. Neste ponto você pode deixar comida para utilizar na volta, e evitar carregar peso à toa. Obviamente os índios não se responsabilizarão se algum outro turista utilizar seu material, não existe este controle.
                  Paramos por cerca de 01h30 no rio KUKENAN (25min de caminhada após passar o rio TEK), onde tomamos banho e comemos alguma coisa. A água estava muito agradável, gelada, e o sol escaldante. 
                  Ao lado do rio KUKENAN existe outro acampamento, com o mesmo nome. É uma questão de escolha, dormir no acampamento do TEK ou KUKENAN, ambos são próximos e parecidos, porém o TEK tem cerveja e refrigerante gelados.
                  Após o KUKENAM existe um trecho de aclive (800m de desnível), que foi desgastante. Praticamente não existem platôs para descanso, é subida o tempo inteiro. Chegamos no acampamento BASE (bem próxima da rocha) às 16h06min, ou seja, incluindo todas as paradas e descansos, levamos 09h26min da tribo Paratepuy até o acampamento BASE. Reafirmo que não é preciso correr, fomos bem tranquilos, e ainda parei para passar gelol nas panturrilhas (deu câimbra nas duas).
                  Altitude no acampamento BASE: 1.880m.
                  Segundo o guia, o percurso total da tribo até o acampamento BASE é de 27km, mas volto a dizer: a maior parte das expedições divide em dois dias este percurso, se programe para ir sem pressa, e aproveitar bem a natureza.
                  Montamos as barracas em baixo de uma lona azul, e dormi muito bem esta noite.
                 
30/08/2013 (sexta-feira)

                  Acordamos 06h12min, e atacamos o cume às 08h30min. Até o topo são mais 800m de desnível, porém com uma inclinação maior, chegando aos 75 graus, já que o percurso é de apenas 4km.
                  Paramos várias vezes para descansar, e chegamos no Hotel PRINCIPAL após 04h39min de subida. Hotel é como eles chamam os acampamentos no topo, e cada um possui um nome, existe o ÍNDIO, BASILIO, GHÁCHARO, COATÍ (lado do Brasil), entre outros.
                  Existe água em diversos pontos do caminho, levei um cantil de um litro e foi mais que suficiente. O maior trecho que se percorre sem água durante toda expedição tem duas horas de caminhada. Eu havia levado Hipoclorito para purificar a água mas não cheguei a usar, a água é sempre corrente, e muito limpa. Vale a dica, pouca água, menos peso para carregar.
                  Na chegada o dia estava nublado, e acabamos ficando no hotel o resto do dia. Haviam três alemães acampados no mesmo local, que voltaram no dia seguinte.
                  Aproveitei a tarde para costurar minha bota Bull Terrier (me decepcionei demais com a marca), paguei caro no produto e me deixou na mão. A sola descolou por completo, e era apenas a segunda vez que utilizava a bota. Nesta hora minha agulha e nylon foram bem úteis.
                  Altitude do cume, no Hotel PRINCIPAL: 2.660m.
                  Dormimos 20h20min.

31/08/2013 (sábado)

                  Acordamos 05h39min, e saímos às 08h00 para explorar o cume.
                  Este foi sem dúvida o melhor dia, estava fazendo um lindo sol e pudemos conhecer lugares fantásticos, inclusive tomar banho nas Jacuzzis (embora fizesse 9 graus fora da água)
                  Conhecemos: Vale de quartzos, lagoa dos diamantes, cachoeira dos namorados, la ventana, jacuzzi, caverna "la cueva", pedra Maverick (ponto mais alto do monte).

  

                                                
                




           Poderíamos ter optado em conhecer o ponto tríplice, porém este fica a 5h de caminhada de onde estávamos. Passaríamos caminhando o dia inteiro no cume sem ver nada, e depois teríamos que caminhar tudo de volta. Pretendo voltar com mais tempo, e dormir no Hotel COATÍ (mais próximo do ponto tríplice), porém para fazer isso tem que ser em sete ou oito dias de expedição.
                  Com apenas um dia que tínhamos para explorar o cume, sem dúvida essa foi a melhor opção.
               A temperatura no cume do monte costuma variar muito: durante o dia em torno de 20, 25 graus e à noite próximo de zero graus. Prepare-se para sentir frio durante a noite, leve um bom saco de dormir. Além disso, vento, chuva, sol, mudam muito rapidamente no cume, o tempo é imprevisível. Quando for caminhar para explorar o cume leve sempre o poncho e agasalho para frio.
                  Apesar de termos levado toda comida, ouvi falar muito bem da comida preparada pelas excursões completas, pode ser uma boa opção.
                  Dormimos às 20h58min.

01/09/2013 (domingo)

                  Acordamos às 05h09min, e começamos a retornar às 07h30min, iniciando a descida.
                                     
                  A descida é muito mais fácil, o peso da mochila é menor, e o desgaste é menor. Deve-se cuidar somente com os joelhos, que são bastante exigidos.
                                               
                Pela facilidade da descida, a maioria das expedições acaba retornando até o acampamento do rio TEK no mesmo dia, sem ter que dormir no acampamento BASE, e assim fizemos.
                  Levamos 06h52min para chegar ao acampamento do rio TEK, contando com todas as paradas para descanso.
                  Tomamos um bom banho no rio, e lavei algumas peças de roupa. Nesta noite haviam muitos mosquitos (PURI-PURIS). Eles são violentos, sua picada coça bastante e dura alguns dias para cicatrizar. Outra dica importante: não basta repelente, leve também roupas compridas (calça de compressão, camisa manga longa) para se proteger dos mosquitos e frio durante a noite. Se bem que só percebi estes mosquitos nesta última noite.
                  Fomos dormir por volta das 20h00.

02/09/2013 (segunda)

                  Acordei às 04h51min para ver o sol nascendo.
                  Saímos às 07h30min para o trecho final, retornando a tribo dos Paratepuy. Caminhamos por 03h27min, incluindo tempo para descanso.
                  Na tribo eles revistam todas as pessoas, para certificar que ninguém está levando pedras, flores, ou animal do monte.
                  Checam ainda se todo lixo está com você. Observação: no topo é proibido defecar e deixar os excrementos lá. O guia fornece um pouco de cal, que deve ser misturado com suas fezes em uma sacola plástica para trazer de volta até a tribo dos Paratepuy. Isso por que existe pouquíssima areia no cume, e as fezes demorariam para se degradar lá em cima. No restante do percurso pode procurar uma moita distante da trilha e enterrar por lá mesmo.
                                          
                  Esperamos cerca de uma hora até que a caminhonete chegou para buscar a gente. Almoçamos em São Francisco, uma cidade no caminho com vários restaurantes e artesanato dos índios para vender. Bom deixar alguns bolívares para esse momento, tem muita coisa interessante lá. Comprei uma pimenta chamada CUMATI, feita com formigas pelos índios.
                  Quando chegamos em Santa Helena de Uiaren, voltamos até a pousada Michelle, onde passamos a noite. Valor da diária Bs.F. 270 para três pessoas, isso mesmo R$ 5,80 pra cada um. Tudo bem, a pousada não é boa, sem janela no quarto, toalha rasgada pela metade, mas foi melhor do que as noites em barraca.

03/09/2013 (terça)

                  Não foi difícil tomar um táxi de volta até Boa Vista,  paramos somente para carimbar os passaportes na fronteira.
                  Nosso vôo de retorno saiu 20h20min de Boa Vista, e enfrentei mais 20h até chegar em Maceió novamente.
                  No total, gastei R$ 1.100 de passagem (ida e volta, Maceió - Boa Vista, pela Azul, incluindo taxas) e R$ 580 com o restante (refeições, táxis, guia, carregador, lembranças, e tudo mais). Ou seja, gastei R$ 1.680 com tudo, uma bagatela pela experiência vivida.